Monumentos e Logradouros de Penedo:
Em 1818, havia em seu local, um terreiro africano. Tarde da noite, em um dia de culto, notaram que um forasteiro que apareceu, tinha os pés de cabra. Para exorcizar o local, ali foi edificada uma capela em honra da Santa Cruz. Nela encontra-se a milagrosa imagem do Bom Jesus dos Navegantes criada pelo escultor e mestre Cesário Procópio dos Mártyres para a maior celebração religiosa da região do Baixo São Francisco que acontece anualmente no segundo domingo de janeiro desde 1884.
Suas escadarias são lavadas pelos pais e mães de santo na sexta-feira do Carnaval na Lavagem da Igreja do Rosário.
Cercado por altas muralhas e em redor fossos fundos, mas secos. Do lado da parte inacessível e íngreme da rocheira ( o Penedo de então), o forte dispunha de dois bastiões defensivos. E do outro lado, onde de algum modo o inimigo poderia chegar, era defendido pelos outros três bastiões, dominando assim tanto o rio quanto a planície em torno.
O forte possuía sete pelas de metal, 2 de 12 lb, 3 de 6 lb e 2 de 3 lb, incluindo um guarnição de seis companhias com 541 homens. Os holandeses permaneceram na Vila do Penedo até 1645, quando foram vencidos pelos portugueses que em seguida, por precaução, destruíram toda a fortaleza, impossibilitando assim uma retomada batava.
No prédio da emissora Rio São Francisco funcionou a primeira escola pública do Estado de alagoas (1879), o Lyceu de Penedo, a Prefeitura e tantos outros. O antigo colégio do Professor Jacome Calheiros abriga atualmente as dependências do SEBRAE.
Em agosto de 1889, em Assembléia Especial, Sua Alteza o Príncipe Gastão de Orleans, Conde D’ Eu, foi recebido pela Diretoria do Montepio dos Artistas e recebeu o título de Sócio Protetor.
O Paço da Câmara estabeleceu-se no prédio e construiu a Aposentadoria Nova, atual prédio da Prefeitura do município. No Oratório, os condenados à forca passavam a última noite em orações aguardando a hora da execução e a Catedral Diocesana cuja construção teve início no século XVII.
O retábulo do altar mor é folheado a ouro. Janelas e púlpitos em estilo rococó. O altar do lado esquerdo apresenta um dos esconderijos utilizados pelos negros em fuga. A obra de talha da Igreja da Corrente é considerada uma das mais belas do Brasil.
Da Rua do Banheiro, no Mirante da Rocheira, avista-se o histórico e misterioso Bairro do Barro Vermelho, atual Bairro Santo Antonio, início da povoação da Vila do Penedo, que por longos anos abrigou os Malês, elite negro maometana, em sua célebre Festa dos Mortos.
Fato este que não aconteceu quando da suposta viagem do 1º Donatário Duarte Coelho Pereira, em 1535. No tempo dos Holandeses existia uma passagem desta rocha para o interior do Forte Maurits. Nas imediações da rocheira, em algum lugar, existia uma Sinagoga.